segunda-feira, 20 de abril de 2009

Que tal um cafezinho?


Há dias em que a energia simplesmente acaba.
Costumo dizer que esgotou a pilha.
A gente corre. Vive uma vida insana atrás de ganhar o amanhã porque o hoje está passando tão rápido que estamos sempre atrasados em relação a tudo que nos propomos fazer.
Resultado: Stress.
Palavrinha em Inglês, de significado amplo sendo que o mais usado remete ao sentido de submeter-se a pressão, aportuguesamos o termo estressar, no sentido de levarmos ao máximo a nossa capacidade de suportar algo.
Antes, diagnosticados como estafados, éramos sugeridos nos afastar do trabalho, tirar aquelas férias merecidas de trinta dias, descansar corpo e mente, desfrutando do prazer do ócio.
Hoje, o tão falado stress acomete a todos, inclusive as crianças, vítimas desta correria, das exigências, horários, cursos, metas e resultados que nos impõem e a tantas outras que nós mesmos nos imputamos.
Fadados a uma nova realidade, uma vida estressada, recorremos a pequenos escapes que nos proporcionem uma pausa física e mental para que possamos em seguida retomar a rotina maluca de cada dia.
Chamo da pausa para um cafezinho. Não aquele cafezinho rápido, em pé, aquele que se toma a cada intervalo de reunião, nas visitas aos clientes, não aquele pretinho que se engole na busca por ingredientes reconhecidamente energéticos, que possam nos ajudar a acordar os neurônios.
Falo de um cafezinho, entre amigos, familiares.
Falo daquela pausa, longe da tela do computador, do tráfego insano dos carros, do telefone... Se bem que não há aviso de proibição do uso de celular nas cafeterias. Deveria existir uma lei a respeito.
Uma placa sinalizando a proibição logo na entrada de todo estabelecimento do gênero.
“É expressamente proibido o uso do celular durante sua pausa para um cafezinho. Isso mesmo maluco(a), desligue esta porcaria, sente-se e relaxe!”

Refiro-me a este cafezinho. Um tempo gasto com conversas leves, com atualizações daquilo que se deseja realizar, com fofoca do bem, pausa pra dizer que a gata deu cria, pausa pra reclamar que a empregada faltou. Pausa pra saborear uma broa de milho, sem lembrar se a crise mundial nos levará a uma terra parecida com o filme Mad Max.
Há quem prefira uma ida ao cabeleireiro, há outros que se acabam na academia, ou ainda os que se juntam pra jogar futebol. Ainda há a consagrada Happy Hour, institucionalizada a ser às Sextas-feiras, em barzinhos, desfrutando de uma cerveja gelada, controlada pela chamada lei-seca.
Ainda prefiro o cafezinho.
Inconscientemente ele me remete a infância, ao hábito familiar de sentarmos á mesa aos finais de tarde, com pãozinho fresco, ou mesmo o amanhecido, molhado no café com leite. Os bolinhos de chuva da vó.
Quando a coisa aperta, apelo pra o cafezinho, seja de manhã pra trocar idéia com a mãe, antes mesmo de ir trabalhar, seja a tarde pra desabafar com a amiga os dissabores que a vida conjugal às vezes nos impõe.
Tomo o cafezinho da cura, respiro fundo enquanto saboreio o aroma de tudo entrando nos eixos.
Uma vez li uma crônica linda sobre isso, sobre esta pausa.
Tentarei encontrá-la para colocar aqui.
Enquanto isso... Que tal um cafezinho?

Um comentário:

NYL@ disse...

Olha,Simone realmente faz tempo q ñ paro p um bom cafezinho,esquecer um pouco do cotidiano,me lembrei das prazeirosas tardes de cafe que tinhamos na casa de minhas tias com direito o broa de milho e muitas coisas mais...saudade desse tempo bom q se podia falar em família, com pesoas queridas a mesa...o convite muito agrádavel'já dá p sentir o cheirinho de família e amizade no ar ...bjsss e quando quiser paase p tomar um cafezinho ,fique avontade ...