domingo, 12 de junho de 2011

Filhas, Mães, e as Mães das Mães.

Era uma vez uma neta, que tinha saudade da avó.

Uma avó como tantas, mas igual a nenhuma.

Que fazia bolinho de chuva em plena tarde ensolarada.

Que contava histórias e sabia desenhar.

Avó pra toda hora. Pra nadar em água fria, pra tomar banho de chuva, pra ensinar jogar buraco e brincar de tomar chá.

Avó que era mãe da mãe. Mãe que era a melhor.

Mãe que sabia dar colo, que ensinava o certo, que estava sempre por perto e era tudo de bom. Mãe que ensinava a rezar, que sabia escutar, que buscava atender a quem viesse precisar.

A neta virou mãe, e veio na mãe buscar a ajuda no dia-a-dia, para os filhos educar.

A mãe de antes é avó, que também sabe agradar, que presta atenção nos gostos daqueles que vem pro seu lar.
Sabe o prato predileto, dos filhos, do genro ou dos netos e não se esquece das coisas, das boas e das ruins.
Era uma vez uma neta, filha da filha da avó, que uma noite falava pra mãe:
- Minha avó é a melhor avó do mundo inteiro.
E a filha, que assim sentia em relação a sua mãe, perguntou:
- E você já falou isso pra ela?

- Eu não. Mas ela sabe.

E a neta, Sábia, apesar de tão pequena, fez a mãe pensar que sempre é bom lembrar, mesmo que o outro já saiba, nunca enjoa de escutar...



“ Obrigada minha mãe, você é a melhor mãe do mundo.”
Se a partir de hoje não desse mais para se pedir desculpas.
Se tudo fosse tão definitivo quanto o bloco de pedra esculpido pelo artista
E se nenhum removedor atenuasse a intensidade da tinta
E se a única chave da porta se perdesse
No fundo a vida já é assim
Palavras ditas não podem ser retiradas
Se mal ditas, malditas sejam
Mas ainda podem ser perdoadas
Esquecidas, suavizadas
Tomara...