terça-feira, 30 de março de 2010

BIG BOAZINHA BRASIL


Ah se eu estivesse no Big Brother Brasil...
Eu seria eu mesma, seria muito comunicativa, e me daria super bem com todos, homens e mulheres.
Jamais formaria panelinhas, pois isso me impediria de conviver com as diferenças, e o que eu mais desejo é aprender com o próximo, com as experiências do outro, trocar idéias e conceitos, expandir conhecimento e me tornar uma pessoa melhor.
Se eu estivesse no BBB, nunca colocaria o dedo no nariz, não que eu coloque na vida aqui fora, mas lá, não sei o que acontece com as pessoas, que do nada adquirem manies estranhas como essa. Eu não, meus hábitos de higiene seriam mantidos e jamais olharia para o cotonete usado, checando a cor da cera.
Ah como eu seria útil no BBB, me ofereceria para cozinhar, para lavar os pratos, faria a cama dos meus amigos, já que há tanto tempo ocioso, por que não? Cuidaria da roupa da galera, de boa vontade.
Se eu estivesse no Big Brother Brasil, usaria a academia todos os dias, ficaria sarada, para quando saísse, fosse inevitável o convite de uma revista masculina, para a qual eu nunca imaginei posar.
Tomaria sol, todas as manhãs para manter o bronzeado e parecer sempre bem para receber elogios do Bial.
Se eu fosse para o BBB, seria a última a sair das festas, e apesar de curtir muito, jamais me excederia na bebida, pra não perder o juízo.
Daria o melhor de mim em todas as provas, especialmente as de resistência, tenho certeza que superaria a todos, tamanha minha garra diante das dificuldades.
Ah se eu estivesse no confessionário, jamais apontaria os defeitos dos outros participantes, me limitaria a votar em alguém que seria por mim sorteado, para que não cometesse nenhuma injustiça de julgamento.
E se eu fosse para o paredão?
Jamais me queixaria por terem votado em mim, e pra ser sincera acho que passaria ilesa, sem nunca ir a um único paredão, por que quem teria coragem de votar em mim?
Mas digamos que eu fosse, vai, pelo BIG FONE, que só atenderia caso ninguém mais quisesse, EU não ficaria pulando e chorando em frente a telona da sala, gritando – MINHA MÃE, MEU PAI, OLHA, GENTE MINHA TIA VEIO, NOSSA!!!!! , manteria a calma, sentada no sofá diria: - “Olha gente, aquela é a minha família – Valeu galera! U-hu!”
Ah, entrando no BBB eu faria história, porque gente não é por nada não, mas eu sou muuuuito legal e fácil, fácil, ganharia o prêmio, que usaria para ações beneficentes, dividindo o saldo entre todos os participantes, para ser o mais justa possível, né?

Será?


Brincadeiras a parte, algumas lições nos dão um simples reality show.
A de que ninguém é melhor que ninguém.
De que na vida não existem mocinhos e vilões, somos fruto de circunstâncias, de nosso ambiente, daqueles que nos cercam, da educação, das experiências, do stress.
Que todos nós temos facetas a esconder, somos passíveis de erros, temos um calcanhar de Aquiles, uma fraqueza que pode ser usada contra nós ou sem que percebam, a nosso favor.
O resumo é que o diferente incomoda.
Que a gente prefere os iguais, por mais que os diferentes possam nos atrair, ficamos mais confortáveis no nosso sapato se este é do nosso número.
Ah se a gente se imaginasse num BBB, cercados de câmeras e microfones, vigiaríamos mais o que dizemos. Trabalharíamos mais por nós e pelos outros, daríamos nosso melhor. Será?
Faça um teste, imagine-se neste e confira.
Faça de você uma cobaia desta experiência, vigiando seus atos, seus pensamentos e julgando sua atuação.
Tomara que escape de um paredão!


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