Passamos nossos primeiros meses de vida na água.
Envoltos na bolsa amniótica, estamos protegidos pelo líquido vital, que abundante nos permitiu crescer em temperatura agradável e constante, livres de abalos, de tudo o que nos pudesse ser desconfortável.
Rompe-se a bolsa, rompe-se um primeiro laço, abrimo-nos para o ar, sofrida respiração que nos faz chorar, no susto, sabemos agora sobreviver a seco.
Seco toque.
Em meio a ruídos claros, descobrimos um mundo novo de sensações, que por toda a vida serão fundamentais para fazer de nós quem somos.
A água agora nos mata a sede. Esta que representa setenta por cento de nosso corpo, similar ao nosso planeta, brota da terra, vem do céu, enche copos, escorre de nossos corpos, em suor e choro.
Choram os morros, lavam de lama casas e vilas, água rebelde não tem por onde escapar.
Choram mães, mulheres e homens por águas que rins não conseguem filtrar.
Água retida que engorda a moça.
Água brinquedo de menino em forma de poça.
Água benta, cura dos males.
Água salina, salobra, salgada dos mares.
Rios, lagos, riachos e saliva.
Água da boca.
A mesma que ajuda a digerir, fluidifica o que se come, enlaça o beijo, junta os amantes, separa em uma cusparada os inimigos.
Água do batismo, purificação do espírito.
Água de cheiro.
Fria, gelo. Quente, vapor. Água, simplesmente água.
Água que banha, lava o corpo, remove o cansaço, liberta.
Águas quentes, Caldas Novas, Goiás, que saudade deste lugar.
Encontrei em suas águas mais que o repouso. Encontrei a volta ao lugar de origem, ao calor e proteção da bolsa original.
Cuidada, me deixei lavar e levar, regada a amor, retorno refeita.
Respiro o ar, que agora já não me faz sofrer, sonhando com meu breve retorno ao seu ventre.
Obrigada, mãe água.
Envoltos na bolsa amniótica, estamos protegidos pelo líquido vital, que abundante nos permitiu crescer em temperatura agradável e constante, livres de abalos, de tudo o que nos pudesse ser desconfortável.
Rompe-se a bolsa, rompe-se um primeiro laço, abrimo-nos para o ar, sofrida respiração que nos faz chorar, no susto, sabemos agora sobreviver a seco.
Seco toque.
Em meio a ruídos claros, descobrimos um mundo novo de sensações, que por toda a vida serão fundamentais para fazer de nós quem somos.
A água agora nos mata a sede. Esta que representa setenta por cento de nosso corpo, similar ao nosso planeta, brota da terra, vem do céu, enche copos, escorre de nossos corpos, em suor e choro.
Choram os morros, lavam de lama casas e vilas, água rebelde não tem por onde escapar.
Choram mães, mulheres e homens por águas que rins não conseguem filtrar.
Água retida que engorda a moça.
Água brinquedo de menino em forma de poça.
Água benta, cura dos males.
Água salina, salobra, salgada dos mares.
Rios, lagos, riachos e saliva.
Água da boca.
A mesma que ajuda a digerir, fluidifica o que se come, enlaça o beijo, junta os amantes, separa em uma cusparada os inimigos.
Água do batismo, purificação do espírito.
Água de cheiro.
Fria, gelo. Quente, vapor. Água, simplesmente água.
Água que banha, lava o corpo, remove o cansaço, liberta.
Águas quentes, Caldas Novas, Goiás, que saudade deste lugar.
Encontrei em suas águas mais que o repouso. Encontrei a volta ao lugar de origem, ao calor e proteção da bolsa original.
Cuidada, me deixei lavar e levar, regada a amor, retorno refeita.
Respiro o ar, que agora já não me faz sofrer, sonhando com meu breve retorno ao seu ventre.
Obrigada, mãe água.
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